Descrição:
Vocabulaire de CAMILLEClaudel (Camille)
(Fère-en-Tardenois, Aisne, 1864 Avignon, 1943), sculpteur français; sœur de l’écrivain Paul Claudel. Elle fut l’élève et la compagne de Rodin. L’Abandon (marbre, 1888, musée Rodin), l’Âge mûr (bronze, 1899). Elle passa les trente dernières années de sa vie dans un asile d’aliénés. (Voir à part, page 3)
Drôle [dRôl] – adj. 2 gêneros· cómico, divertido, espirituoso, pitoresco;· fam. patusco;
· estranho, singular, bizarro, esquisito;se sentir tout drôle = sentir estranho;faire une drôle de tête = fazer uma cara esquisita;· intenso, forte;falloir une drôle de patience = precisar de muita paciência;s. m. [feminino: drolesse]· manhoso;· regionalismo: rapaz, rapariga.
ANGUILLE [Ãguiie] – s. f. ZOOLOGIA enguia;la chaire des anguilles est très appréciée = a carne das enguias é muito apreciada;anguille de mer = congro;♣il y a anguille sous roche = aqui há qualquer coisa estranha.Il y a quelque chose de caché, une perfidie qui se prépare.L’affaire n’est pas claire.♣nœud d’anguille = nó de enguia.
Observer le panthéisme chez Camille
Panthéisme − n. m. PHILO Croyance métaphysique qui identifie Dieu et le monde, doctrine selon laquelle «tout ce qui est est en Dieu» (Spinoza). ¶ Courant: Divinisation de la nature.
Trad.panteísmo: Datação: 1836 s. m. Rubrica: filosofia.Doutrina filosófica caracterizada por uma extrema aproximação ou identificação total entre Deus e o universo, concebidos como realidades conexas ou como uma única realidade integrada.
Tellurien, tellurique − relativo à Terra ou ao solo.
VAUTRER [votRê] – v. reflex. · rebolar-se, espojar-se;se vautrer sur son lit = *espojar-se na sua cama;· depreciativocomprazer-se;se vautrer dans la luxure = comprazer-se na luxúria;v. trans. perseguir o javali com cães adestrados;
Trad. de ESPOJARv. pr. 1. Deitar-se e rolar no chão, remexendo-se; revolver-se. Ex.: os porcos espojavam-se na lama. V. trans. direto e pronominal= 2. Derrubar ou cair no chão, rolando. Exs.: o contendor espojou o adversário na terra − O pateta já se espojou do cavalo. Tr. direto3. Transformar em pó; pulverizar. Ex.: o tempo espojou as relíquias.
JURER [JyRê] – v. tr. e intr. · jurar;jurer de = comprometer-se por juramento, jurar que;· afirmar;· blasfemar;· fig. discordar, não condizer;♣fam. (antiquado)jurer ses grands dieux = jurar por todos os santos♣prov, il ne faut jurer de rien = ninguém diga desta água não beberei.
Claudel (Paul) (Villeneuve-sur-Fère, Aisne, 1868 Paris, 1955), écrivain et diplomate français. Il découvrit, en 1886, Rimbaud et, le 25 décembre de la même année, eut la révélation qui décida de sa conversion au catholicisme. Son œuvre, nourrie par ces deux événements fondateurs, s’ordonne autour de trois axes: la poésie, dont le lyrisme semble prolonger les psaumes bibliques (Connaissance de l’Est, 1895-1905; Cinq Grandes Odes, 1900-1908); le théâtre, drame et poésie tout ensemble ( Tête d’or, 1889; l’Échange, 1901; le Partage de midi, 1906; l’Annonce faite à Marie, 1912; la trilogie l’Otage, 1914; le Pain dur, 1918; le Père humilié, 1920; le Soulier de satin, 1923) et l’essai en prose ( Conversations dans le Loir-et-Cher, 1935). Académie française (1946).
Mélo-. Élément, du gr. melos, «chant». Mélodrama – s.. 1. Rubrica: música, teatro.Gênero de obra dramática, desenvolvido a partir do sXVIII, cujo texto é acompanhado de música instrumental
2. Rubrica: teatro.Drama popular, por vezes com acompanhamento musical, que se caracteriza por enredo complicado e pelo exagero de situações violentas e patéticas 3. Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: cinema, teatro, televisão. Uso: pejorativo: obra ou situação romanesca, dramática que, pelo exagero, especialmente na expressão dos sentimentos, se apresenta como ridícula, grotesca; drama lacrimoso, drama sentimental, dramalhão4. Rubrica: música. Texto declamado com acompanhamento musical
Trémolo – Tremolo, vibrato vocal − s. m. Rubrica: música.1. ornamento que consiste na rápida repetição de um ou mais sons, ger. sem divisão rítmica, para produzir um efeito trêmulo; trêmulo2.repetição rápida de uma ou duas notas2.a. vibrato vocal espaçado marcante ou exagerado.
SUPERBE − adj. e subs. masc. 1. soberbo – que ou o que tem soberba; arrogante, orgulhoso – adj. 2. que se encontra em posição mais elevada que outro; sobranceiro, altaneiro – Ex.: lá no alto, soberanos picos recortavam o céu 3. que impressiona pelo aspecto grandioso; magnífico, sublime
Ex.: o espetáculo estava soberbo.
étang [etÃ] – s. m. · tanque;· charco, pântano;· lagoa.
APHRODITE, déesse de l’ Amour et de la Beauté dans la mythologie grecque. (Vénus dans la mythologie latine). Elle *déchaîne *(desencadeia, provoca) les passions des humains (ainsi que son fils Éros). ¶ ART Nombreuses statues antiques: Aphrodite genitrix de Callimaque (copie romaine au Louvre), Aphrodite de Cnide, chef-d’œuvre de Praxitèle, Aphrodite Médicis de Cléomène (copie romaine aux Offices, Florence), etc. ¶ LITT Dans les poèmes d’Homère, protectrice de Troie, elle s’acharne contre Ulysse.
Sintomas do transtorno maníaco-depressivo − Transtorno bipolar
Max Brown
O transtorno bipolar, também conhecido como transtorno maníaco-depressivo, faz com que os portadores da condição experimentem períodos de altos e baixos emocionais. Essas mudanças de humor podem ser graves, resultando em comportamentos de risco ou agressivos e graves crises de depressão.
Identificação − O transtorno bipolar caracteriza-se por duas fases distintas: uma fase maníaca e uma fase depressiva. Durante a fase maníaca, você pode sentir-se extremamente otimista ou feliz e pensar que não há nada que você não possa fazer. Seus pensamentos podem ficar desfocados e você pode ter problemas para dormir ou se concentrar. Um dos aspectos mais perigosos dessa fase é que atividades de risco que você normalmente não consideraria fazer começam a parecer perfeitamente seguras. Gastar muito, fazer sexo com estranhos ou praticar uso de drogas pode soar como uma ideia maravilhosa no meio da fase maníaca. A fase depressiva geralmente segue a fase maníaca e é caracterizada por tristeza, culpa, depressão, ansiedade, falta de interesse em qualquer coisa, fadiga, problemas de concentração e até pensamentos de suicídio em casos extremos.
CAMILLE CLAUDEL, nome artístico de Camille Athanaïse Cécile Cerveaux Prosper (Aisne, 8 de dezembro de 1864 — Paris, 19 de outubro de 1943), escultora francesa.
Camille era filha de Louis Prosper,um hipotecário, e Louise Athanaïse Cécile Cerveaux. Camille passou toda sua infância em Villeneuve-sur-Fère, morando em um presbitério que seu avô materno, doutor Athanaïse Cerveaux, havia adquirido. Foi primeira filha do casal, quatro anos mais velha que Paul Claudel. Ela impunha ao irmão, assim como à irmã caçula Louise, sua forte personalidade. Comandava os dois, desde pequena. Segundo Paul, seu irmão, ela declarou desde cedo seu desejo de ser escultora. Camille tinha certas premonições e previu que seu irmão se tornaria escritor e sua irmã Louise musicista.
Seu pai, maravilhado com seu estupendo e precoce talento que, já na infância, produzira esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios para desenvolver suas potencialidades, colocando-a em escolas e cursos de primeira linha. Sua mãe, por outro lado, não via isso com bons olhos, colocando-se sempre contra qualquer empreendimento, reagindo, muitas vezes violentamente, no sentido de reprovar a filha que traz excessivos custos para a manutenção de seu “capricho”. O sonho de Camille era ser uma escultora de sucesso e ela via essa vontade ameaçada pela mãe, que achava que havia muitos gastos com a sua educação.
Em 1881, já com 17 anos, a jovem sai de casa em busca do grande sonho. Parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, uma escola que forma artistas escultores. Ela teve por mestre,inicialmente Alfred Boucher e, depois, Auguste Rodin. É desta época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène — coleção particular) ou Paul aos treze anos (Paul à treize ans — Châteauroux).
O tempo passa e, em 1885 seu professor Rodin, impressionado pela solidez e tamanha beleza de seu trabalho, admite-a como aprendiz no seu ateliê, rue de l´Université,quandoela colabora na execução da escultura As Portas do Inferno (Les Portes de l’Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).
Tendo deixado a família pelo amor à escultura, Camille trabalhou vários anos a serviço de seu mestre, por quem era secretamente apaixonada, e mantinha-se à custa de sua própria criação, pois ganhava salário de aprendiz. Por vezes, a obra de um e de outro eram tão próximas que não se sabe qual obra é a do professor e qual é a da aluna. Às vezes, confunde-se quem inspirou um ou copiou o outro, pois Camille executava tão bem seu trabalho, que dava a entender que desde sempre convivia com a arte. Suas esculturas e as de Rodin são bem idênticas, fato que aproxima os dois.
O tempo passa, e Camille e Rodin se envolvem, e têm um caso ardente de amor. Porém Camille Claudel logo enfrenta duas grandes dificuldades: De um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua namorada desde os primeiros anos difíceis, e do outro, alguns afirmam que suas obras seriam executadas pelo próprio mestre, ou seja, acusam Camille de ter copiado todos os trabalhos de seu professor, em vez dela mesma os fazer. Muito triste e depressiva pelas acusações e por Rodin continuar com a outra mulher, Camille tentará se distanciar de Rodin e fazer suas obras de arte sozinha. Percebe-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-1894), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa (La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã (La Petite Châtelaine − Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo, em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura [3] (L’Age Mûr – Museu d’Orsay).
Ferida e desorientada, ainda mais por descobrir que seu romance com Rodin não passou de uma aventura, para ele, e que ele preferiu a namorada, Camille Claudel passa a nutrir por Rodin um estranho amor-ódio que a leva à paranoia e à loucura. Instala-se, então, no número 19 do hotel Quai Bourbon e continua sua busca artística em grande solidão, pois ama loucamente Rodin, mas ao mesmo tempo o odeia por tê-la abandonado. Ela se entregou a esse homem de corpo e alma e em troca só teve ingratidão e abandono. Apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau, Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot, seus amigos, ela não consegue superar a dor da saudade. Eugène Blot organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel, pois deseja ajudar a amiga em dificuldade. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios. Ela passa a ficar estranha e obsessiva, querendo a morte de Rodin. Passa a lembrar do seu passado, da mãe que a impedia de ser artista e lembranças ruins da infância passam a sufocá-la cada vez mais.
Depois de 1905, os períodos paranoicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Ela crê em seus delírios. Entre seus sonhos doentios, ela acredita que Rodin roubará suas obras de arte para moldá-las e expô-las como suas, ou seja, ela acha que Rodin roubará as esculturas e falará que foi ele quem as fez. Ela acha que o inspetor do Ministério das Belas-Artes conspira com Rodin, contra a sua pessoa e que desconhecidos querem entrar em sua casa para lhe furtar suas obras de arte. Nessa fase Camille começa a falar sozinha e é tomada de esquizofrenia. Também chora muito, e passa a ter ideias de suicídio. Camille cria histórias imaginárias que acredita serem verdadeiras. Nessa terrível época em que as crises de loucura vão aumentando, vive um grande abatimento físico e psicológico, não se alimentando mais e desconfiando de todas as pessoas, achando que todos querem matá-la. Ela se isola e como mora sozinha no hotel, ninguém sabe de sua condição, pois havia rompido a amizade com os amigos e passou a querer ficar e viver sozinha em seu quarto e se mantém vendendo as poucas obras que ainda lhe restam.
Seu pai, seu porto-seguro, a única pessoa que mais a entendeu na na vida, morre em 3 de março de 1913, o que piora por completo sua depressão e a faz sair completamente da realidade. Ela entra em crise violenta, quebrando tudo e gritando, e em 10 de março, é internada no manicômio de Ville-Evrard. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon onde morre, após trinta anos de internação e desespero, passando todo esse tempo amarrada e sedada. Morreu em 19 de outubro de 1943, aos 79 anos incompletos.
Talento
A força e a grandiosidade de seu talento estavam, na verdade,espremidas em um lugar apertado: entre a figura legendária de Rodin e a de seu irmão, que se tornou um dos maiores expoentes da literatura de sua geração. E não é difícil ler que as questões de gênero permeiam esse lugar menor dedicado a Camille. Naquela época, mulher não tinha vez…
Seu gênio, sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas, por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Uma relação da qual não conseguiu desvencilhar-se, consumindo sua vitalidade na vã tentativa de desembaraçar-se desse destino perverso. Camille Claudel, sua forte personalidade, sua intransigência, seu gênio criativo que ultrapassou a compreensão de sua época, como afirma o personagem de Eugène Blot no filme, permanecerá ainda e sempre um Sumo Mistério. Ela tinha uma inteligência e um talento fora do comum e poucas pessoas da época entendiam seu grande dom que dela fizeram, apesar de tudo, uma verdadeira artista.